quinta-feira, 15 de março de 2012

Ceará no XI EN - Segundo dia!


XI Encontro Nacional da Recid - 2º dia!
Luziânia/GO, 15 de março de 2012.
Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...

Despertados pela música “Brasil!” do eterno Cazuza, construímos um céu de protagonismos, trazendo nossas estrelas dotadas do que temos, fazemos, ou imaginamos para construir um Brasil que queremos, ou seja, Popular! Em seguida adentramos nossas bandeiras, várias em uma só!

A coordenação do dia inicia os trabalhos retomando a programação que foi alterada para o dia e informes, que trazia a fala do Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho.
O Ministro trouxe o abraço da Presidenta Dilma e um agradecimento pessoal e governamental pelo reconhecimento do trabalho que a Rede realiza;
Relatou um pouco da história que tem com a Rede desde o tempo do Frei Beto, ressaltando que, para além do Governo, a Rede tem um Projeto para o Brasil, de transformação. Faz uma análise da atual situação do Brasil, através de um olhar não de Ministro, mas também de ex-militante do movimento social.
Cita a Rio+20, dizendo que não será só uma Conferência que tratará apenas das questões ambientais, mas um momento para repensar o modelo de desenvolvimento que temos. Cita a fala da Presidenta que no Fórum Social Mundial, trouxe como palavras-chaves para o desenvolvimento: Crescer, Incluir e Cuidar. Crescer sim, mas incluindo o cuidado com o humano e com a natureza. E ressalta que é nesse projeto que a Rede se pauta.
Então depois deste momento, inicio-se a análise sobre as histórias da lutas populares no Brasil com Claudio Nascimento, que expõe a metodologia pelo qual organizou esse momento, dividindo a história das lutas no Brasil em ciclos (períodos) e trazendo por quais vieses se daria sua exposição: sendo: 1922 a 1954, 1954 a 1989, 1989 a 2011 e o hoje e, pensá-los a partir da práxis (pragmática e prática), revolução passiva, disputa hegemônica ideológica.

Após sua exposição, partiu-se para as inquietudes e reações da plenária que indagou e contribuiu com o diálogo.

Impulsionado pelas colocações do pleno, no seu retorno, Claudio Nascimento, diz que vivenciamos e estamos vivendo várias crises, inclusive a do pensar, desde 1968, onde vivemos agitações no mundo inteiro. Há de se buscar valores nas experiências dos índios, negros, jovens, mulheres, valores pré-capitalistas, daqueles que foram mais agredidos. Um poder popular comunal, que prega o bem comum e em disputa com os neodesenvolvimentistas, que nos permita pensar outra sociedade e processo civilizatório. “Nosso país é engravidado de lutas populares e devemos nos debruçar sobre elas não só na operária”, pois o capital transforma todos os bens em mercadorias, sejam culturais, ambientais, etc. 
Um momento muito forte foi as apresentações das análises das regiões em diálogo com os projetos em disputa no Brasil, conceitos, bases sociais e correlação de forças, que se seguem na seqüência:
1.       Centro Oeste – Em jornal Popular (ao vivo) apresentam sua conjuntura social e política. Com entrevistas, participação popular e muito humor analisaram sua realidade e finalizam com uma “Dança Reflexiva” Pode?!

2.       Nordeste - Inicio com a poesia “Nordestinos sim, nordestinados não”. (Pataiva do Assaré); Expõe a síntese dialogando com conjuntura nacional e observância das falas dos expositores da noite anterior e da exposição do Claudio Nascimento e encerra com a música “A volta da asa branca” (Luiz Gonzaga);
“Não é Deus quem nos castiga
Nem é a seca que obriga
Sofrermos dura sentença
Não somos nordestinados
Nós somos injustiçados
Tratados com indiferença
(...)
O Ceará no XI EN
Somente o amor é capaz
E dentro de um país faz
Um só povo bem unido
Um povo que gozará
Porque assim já não há
Opressor nem oprimido” Nordestinos sim, nordestinados não!
3. Sudeste – Dividiram, pedagogicamente, sua síntese em 03 vieses (mercado, ação do estado e sociedade) e expuseram;
4. Norte – Iniciam apresentando os dois momentos que iriam compor sua exposição: começaram com leitura de um trecho poético e puxando como grito de ordem o tema do encontro e dançam um carimbó (dança característica da região); no segundo momento expõe a síntese do diálogo da região e finalizaram cantando um trecho da música “Um canto em favor das matas”.

Trecho poético: “Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado, aí sim eles verão que dinheiro não se come…”

(pegar trecho da música com a região)
5. Sul – Entraram com as (bandeiras) camisas amarradas em cordão, simbolizando as lutas articuladas e leram uma poesia que faz memória os lutadores e lutadoras da região. Para expor o resultado da região dividiram em: governos municipais e estaduais, políticas públicas, controle social, organizações sociais e movimentos populares articulados, formação e trabalho de base.
Com tanto trabalho, descontrair é preciso, então eis que entra em cena uma Educadora, Popular, lógico! E nos promove um momento performático de movimentos e sons!

Voltando aos debates, desta vez com a exposição do assessor Nei Zavaski (Educador Popular do MST) que faz um link com os elementos já apresentados desde o primeiro dia com a fala da mesa (Governo e Movimentos) e com a exposição de hoje (Claudio Nascimento e Regiões).
Dividindo sua análise em premissas: Vivência numa sociedade de classe e capitalista, formação do povo brasileiro, disputa de poder, desenvolvimento e estratégia do Capital. Com o término da exposição, os participantes cochicharam sobre a apresentação da análise. 
Findando o dia, a Equipe Pedagógica do CAMP, apresenta sua análise dos relatórios das oficinas da Recid. Texto esse batizado por “Sem cercas e muros: a Educação Popular no meio do Povo – Análise do processo pedagógico das oficinas da Recid”. Para encerrar foi feito a entrega de um texto por estado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário